
O espelho não pode mascarar meu olhar,
Perfil de um mito imperturbável.
Não sirvo de reflexo exemplar...
Inda menos sou brinquedo maleável.
Amo o mundo, e nele, ninguém... e todos!
Não sofro excesso de rigor e idade;
Nunca refiz o caráter dos tolos;
Nem gozei de extrema liberdade;
Não me insiro no sistema de moda e normalidade;
Não procuro uma cara metade em afeto
Porque já sou um ser completo,
Imperfeito e perfeito em calamidade,
Coerente, destemido e mal-feito
Na forma e na substância
Eloqüente da palavra e do leito
Provido dos fundos enraizados de elegância.
Sou a força do vento que faz a curva
No estreito das correntezas de ar
Onde na frieza da relva cálida e turva
Despeja suas gotas de 'nada' e vai amar...
Escrito por Edileia / Diego Melo
Poema campeão do 8º concurso literário (duetos) de Luso-Poemas.
Querido Di, o vosso poema é magnífico e mereceu vencer o concurso!
ResponderExcluirParabéns a ambos!
Beijinhos
Sim lindo poema, e mereceu ganhar o concurso continue a postar para nós pois tem muito talento. Abraços
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