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segunda-feira, julho 02, 2007

NADA AO ESPELHO


O espelho não pode mascarar meu olhar,

Perfil de um mito imperturbável.

Não sirvo de reflexo exemplar...

Inda menos sou brinquedo maleável.

Amo o mundo, e nele, ninguém... e todos!

Não sofro excesso de rigor e idade;

Nunca refiz o caráter dos tolos;

Nem gozei de extrema liberdade;

Não me insiro no sistema de moda e normalidade;

Não procuro uma cara metade em afeto

Porque já sou um ser completo,

Imperfeito e perfeito em calamidade,

Coerente, destemido e mal-feito

Na forma e na substância

Eloqüente da palavra e do leito

Provido dos fundos enraizados de elegância.

Sou a força do vento que faz a curva

No estreito das correntezas de ar

Onde na frieza da relva cálida e turva

Despeja suas gotas de 'nada' e vai amar...






Escrito por Edileia / Diego Melo

Poema campeão do 8º concurso literário (duetos) de Luso-Poemas.

2 comentários:

  1. Querido Di, o vosso poema é magnífico e mereceu vencer o concurso!
    Parabéns a ambos!

    Beijinhos

    ResponderExcluir
  2. Sim lindo poema, e mereceu ganhar o concurso continue a postar para nós pois tem muito talento. Abraços

    ResponderExcluir

Deixem-vos aqui vossas preciosas palavras...

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